Orvalho
Na primeira manhã do ano acordara antes mesmo que a noite se despedisse, estava ela debruçada sobre as flores de seu jardim, o cheiro misturava-se com o frio da manhã, não sei segredar ao afetuoso leitor o que se passara na noite anterior, mudanças de ano, podem existir ou não. As borboletas passeavam em torna de nossa heroína. Estava eu longe a observá-la, fui me aproximando lentamente para não assustá-la. Permanecia de costas para mim, por longo tempo não se mexia, e quando acontecia algum movimento era breve e terno, contemplava àquelas flores por horas. Conversei breve, não tive mais de duas ou três frases inteiras, antes do “tchau”. Lembro que ela lançou apenas um sorriso curto, daqueles que damos com uma pequena quantidade de ar; pouco do alvíssimo dente mostrou-se, este riso veio logo depois que fiz um comentário desses quaisquer que fazemos para prolongar o inevitável fim das coisas: “Lindas flores essas entre suas mãos, nelas, como brilha o orvalho ao sol da manhã”. Fui embora e nunca pude solucionar o mistério desse orvalho.
Gladson Fabiano
09 de Janeiro 2009
2 comentários:
li no dia q vc postou, mas nao consegui comentar...
queria dizer q fiquei mto emocionada com tamanha imaginação a meu respeito ^^
brigadãaao.. vc eh um fofoo...
quem dera meu reveillon tivesse sido assim xD
bjaaao
ah, aqui é a Tia Rê ^^
Postar um comentário
Você acha isso mesmo?! Hum... interessante XD