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BLOG NÃO EM TESTE... "A CADA DIA QUE VIVO MAIS ME CONVENÇO DE QUE O DESPERDÍCIO DA VIDA ESTÁ NO AMOR QUE NÃO DAMOS, NAS FORÇAS QUE NÃO USAMOS,NA PRUDÊNCIA EGOÍSTA QUE NADA ARRISCA, E QUE, ESQUIVANDO-SE DO SOFRIMENTO, PERDEMOS TAMBÉM A NOSSA FELICIDADE." (CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE)

Confidência da Natureza


Homem, ser dúbio, que duas vidas

nunca há de viver, vive sim

apenas um arrependimento do ser

que troca a felicidade pela angustia

da insatisfação constante do querer voltar!


Chora desmerecido ser, te desprezo

por ficar aí preso ao que não há

que nunca houve, continue a repetir

“Ah! Se voltasse no tempo”

Eu sou o tempo, e te engulo sedento!


Ansioso para que no derradeiro momento

eu em escárnio a ti cante:

“Ali estaria a vida que haveria,

mas a negativa da vida está em seu lugar”

Gladson Fabiano

1 de agosto de 2008

Viveria um pretérito imperfeito?

O que podemos fazer senão nos conformar com o não vivido. Mas a dor deste não viver nos faz esquecer que o não vivido é sempre um viver diferente e nada mais. Quem poderá dizer que foi melhor apenas por que não foi o que você planejara e avidamente esperava? Temos a certeza que não seriamos os mesmo de hoje, e nunca saberemos nesta ou naquela vida se seriamos pessoas melhores, isso é se importar ser uma pessoa melhor; não posso universalizar meus ideais, mas saiba que a todo o momento há bifurcações e que você não é o mesmo em cada uma delas. Então porque ficar chorando pelos locais que não nos contêm. Sempre existirão. Bem melhor é se nos importarmos com a pessoa que somos do que chorar pela pessoa que não somos, chorar pela pessoa que seriamos. Pois assim neste tempo de angustias valorizadas pelos sorrisos esquecidos, nesses locais onde o arrependimento vê tristezas que escorrem das alegrias que poriam existir também haverá um local e um tempo que se poderia ter vivido.

Gladson Fabiano

Psiu! Ei vida esquecida, o que é você,

se todos desde o alvorecer

brigam apenas pelo sobreviver?



Uma Canção do Exílio para outras cantarem


São Luís, o que me diz do meu nascer?

Ao passo que nasci longe daqui;

aqui renasço, velha cidade,

com os cantos dos sabiás, nesta senil idade.


Dos casarões que não me viram passar

Quão a sombra, que não foram minhas, me seduz,

minhas lágrimas ausentes, poderiam dizer saudosas à luz:


“como foi belo ver a aurora da vida nos mirantes desta cidade;

agora, muito melhor, assim, seria em qualquer hora

poder dizer sem demora, com realejo junto à ti azulejos,

posso morrer, pois na cidade que me viu nascer, sei o que é viver”


Mas não, minhas lágrimas não falam,

antes se calam arrependidas sem culpa.

Não poderiam mentir se tão longe daqui nasci!

Gladson Fabiano

1 de agosto de 2008

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