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BLOG NÃO EM TESTE... "A CADA DIA QUE VIVO MAIS ME CONVENÇO DE QUE O DESPERDÍCIO DA VIDA ESTÁ NO AMOR QUE NÃO DAMOS, NAS FORÇAS QUE NÃO USAMOS,NA PRUDÊNCIA EGOÍSTA QUE NADA ARRISCA, E QUE, ESQUIVANDO-SE DO SOFRIMENTO, PERDEMOS TAMBÉM A NOSSA FELICIDADE." (CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE)

Paradoxal, com razão

A literatura me faz sentir saudade daquilo que nunca vivi, tal qual a saudade sentida nos primeiros segundos do acordar dos sonhos mais desejados. A literatura fascina-me com tons de lugares que nunca visitei, países que nunca pisei, mundos onde nunca darei as caras; tudo isso tal qual a fascinação das inalcançáveis estrelas. A literatura me faz conhecer pessoas profundamente, em seus piores defeitos e maiores qualidades; faz-me odiar umas, amar outras, e sei, lamentavelmente, que todas nunca existiram nem existirão. A literatura me impele às aventuras jamais sonhadas, peripécias que valeriam enfim a vida, e nos fariam, em leito de morte, sorrir gratos pelo tempo que aqui se passou: assim, não haveria arrependimentos. A literatura me faz sentir um silencioso entendimento do mundo, como a compreensão absoluta que há entre tão somente o olhar dos amantes ou, quem sabe, a mesma apreensão do mundo que há no pôr-do-sol. A literatura, ainda que não seja vida, vivifica-me. Eis alguns motivos meus do porquê literatura. Mas o outro lado da balança pesa infinitamente, pois ela própria, a literatura, tão ré, juíza e promotora de si mesma, me fala que a melhor definição de amor não vale um beijo. A vida deve ser sempre pré-literária, ainda que ambas se embaracem. Sim, a melhor definição da vida não vale um passo dado.

Obs.: Jazem aqui duas contradições: o primeiro o escritor, o segundo o leitor.

Gladson Fabiano de Andrade Sousa

29 de dezembro de 2009

Dores e memórias

Quanto mais envelheço acredito que as alegrias deveriam também deixar cicatrizes, imaginem só que bom seria certo dia:

- Vovô! Vovô! O que foi essa grande cicatriz aí no seu joelho?

- Ah! Essa aqui foi inesquecível. Como foi maravilhoso esse dia! Nunca esquecerei tamanha felicidade quanto...

Gladson Fabiano

03 de dezembro de 09

*Crédito pela escolha da foto: Valéria


Da inexpressão

Aliei-me inicialmente com as palavras para dar vazão ao que se debatia preso em mim. Descobri que as aliadas me ajudavam até certo ponto somente. Ultrapassar este ponto é essencial, pois, é além dele que reside a mais bela substância daquilo que vivemos e sentimos. Esta indistinta matéria é a aquilo que não tem nome, é aquilo para que não existe definição. Mas expressa-la é uma angústia necessária que sentimos. É tensão ansiosa que corre por todo nosso corpo. Experimentamos a falta de ar – e de existência - pela ineficiência de poder libertar aquilo que comprime intensamente o peito. Esta tensão entre interioridade e exterioridade é universal. Em qual palavra caberia o que sentimos ao encararmos o hálito da irreversibilidade do tempo ou do inevitável fim de tudo? Os temas são diversos como a vida, cada pessoa traz consigo sua dura almofada insone.

Caminho com um caça-palavras em mãos. O meu caça-palavras têm linhas e colunas infinitas; e nenhuma palavra escrita. Mas seu conteúdo é imenso e quer sair.

Gladson Fabiano

7 de novembro de 2009

IDEIA AVESSA

Conhecemo-nos, apaixonamo-nos,

Acostuma-nos e terminamo-nos!


Se me culpas por contrário a tudo ser!

E terminar é como se desconhecer

Melhor será conhecermo-nos já!


Então,

Deixemos de tanta falta de diálogo

Que tal apaixonarmo-nos logo?!

17 de outubro de 2009

Gladson Fabiano

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