Sobre paredes e homens
Temos os costumes de depreciar os esforços alheios, ou muitas vezes contar algo sobre si que sobrepuja o outro, que dá no mesmo, somente muda-se o foco, a proporção continua. Nós por cima, o outro por baixo. Tanto o é, que conhecemos a velha lorota dos pescadores, onde um rebaixa o outro mentindo mais. Mas somos tão mesquinhas que não notamos que cada parede tem sua espessura própria, e cada pessoa, seus méritos que valem por si mesmo, e não porque há maiores ou menores. Será fato insignificante uma criança aprender a falar ante a invenção do telefone? Ou apenas porque falar e comum a todos seres humanos. Falaremos para nossos filhos ao darem os primeiros passos “Andou? Isso é besteira, corra!” e quando correr e feri-se, “Esse aranhãozinho aí? Besteira, eu sofri mais quando quebrei a perna” e assim vai crescendo a dor e o desprezo pelas conquistas alheias; discurso de parabéns comum é “Passou no vestibular? Ah...difícil não é entrar, é sair...”
Gladson Fabiano, 11 de março de 2008
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Você acha isso mesmo?! Hum... interessante XD