A falta de um caminho a seguir é um problema na vida de qualquer um, mas o que posso falar do excesso? Quando a fugaz alma lança-se ao gosto de mais de um caminho, e mais ainda quando esses caminhos são consideradamente opostos, o que fazer? Alma que anseia pela eternidade, mas que o tempo, algoz indissolúvel, está zombeteiro a martelar, um dia após o outro, dia após o outro, até que não haja mais o outro. Mas eis que entra aí a lição Quixotesca. Há sonhadores que são indignos dos seus sonhos, porém há sonhos que nada valem, senão o sonhador. Neste palco também está de esguelha a transcendência humana; será que é um tolo aquele que busca mesmo sabendo que não irá alcançar? Agonia de uma vida enfadonha e existência inútil. Mas quem poderá dizer até onde podemos chegar? O que legitima antecipada e soturna conclusão? Até onde podemos, em nome dos sacrifícios necessários, chegar? Não sei, mas os pés caminham, sempre caminham.
Gladson Fabiano, 11 de março de 2008
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Você acha isso mesmo?! Hum... interessante XD