O poeta e o papel
Resista papel, talvez tu venças esta infindável batalha.
Eu, laboriosa fornalha em perene aflição de me gravar em ti.
Tu, fatídica vítima sem opinião a fugir de mim.
Legítima necessidade de tatear para sentir a condição de estar vivo
Ao fim, papel, permaneça como, quem sabe, esteja mais belo:
Em branco.
Mas tenha a certeza que te espreito,
E te desrespeito, afinal, tu meu caro servo, como já dito:
Não tem ambição, não tem vontade, não tem opinião alguma
A não ser a mais admirável, que é ter todas numa:
Folha em branco.
Gladson Fabiano
19 de fevereiro de 2009
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Você acha isso mesmo?! Hum... interessante XD