TUA SUPERFÍCIE PROFUNDA
Tu?! Morar num aquário? Jamais!
Onde outros se afogariam, pois
Lamuriariam por não haver cais
E morreriam em abismo de trevas!
Nestes sais tu aprendes a respirar
[Sem ar]
Nessas noites infinitas fica a nadar
[Com teu próprio bilhar]
A luz que tu lanças das profundezas
Ilumina as superfícies contaminadas
Pois tens a maturidade e a grandeza
Dos que sofreram dores profundas
E seres tais emergem sempre outra vez mais!
Não pode haver aquário para peixes abissais!
Fabiano de Andrade
19 de junho de 2010